Na leitura de alguns “sítios” da InterNet encontrei um “colega” treinador que comentava um artigo de uma jornalista espanhola do “El País” que se intitulava “Comentarios poco edificantes”. Deixo a transcrição de alguns parágrafos sobre os quais não podia estar mais de acordo:
“... há que ter em conta que esta forma de participação (comentários anónimos) atrai um tipo de opositores ideológicos, cujo único propósito é provocar os leitores e a linha editorial do jornal. Se o modelo de participação é muito aberto, é difícil evitar que agitadores e intoxicadores de todo o tipo se apoderem desse espaço e acabem por marcar o ton da conversação...”
“...Exigir a identificação real a todos os comentadores provavelmente reduziria muito a participação...”
“... Por outro lado, o anonimato com que se protegem a maioria de quem intervém facilita um clima de impunidade propício a excessos. O anonimato permite também multiplicar o eco das vozes mais fanáticas. Uma mesma pessoa pode entrar com diferentes pseudónimos e um pequeno grupo organizado pode incutir a falsa impressão de que uma determinada posição é amplamente compartilhada...”
“... Em todo o caso, o ton dos comentários afecta também a imagem do El Pais e a incomodidade que gera justifica, a meu ver, que o sistema seja revisto.”
Apesar da tradução grosseira, julgo que fui capaz de passar o essencial da sua ideia.
É um problema novo, que em muito incomoda aos profissionais da comunicação. O dilema entre nº de visitantes (importante para os patrocinadores) e o nível dos comentários produzidos (quanto mais baixo maior é a curiosidade) é sem dúvida difícil de gerir.
Alguns defendem uma forma intermédia de pré-identificação real para participar como comentador, podendo depois assinar com um pseudónimo.
Para nós, amadores, sem qualquer compromisso com patrocinadores neste BLOG, nem tão pouco reféns do número de visitas, optamos simplesmente pela NÃO PUBLICAÇÃO de tudo o que é “pouco edificante”.